sexta-feira, 17 de julho de 2015

Vítima de execução morre em Coroatá


Romário Machado Oliveira foi alvejado dentro de hospital
Romário Machado Oliveira foi alvejado dentro de hospital
Romário Machado de Oliveira (25 anos), que foi baleado com três tiros no Hospital Macrorregional, em Coroatá, faleceu na tarde de ontem (16).
Um homem mascarado pulou o muro da unidade de saúde e atirou contra a vítima, que estava na enfermaria recuperando-se de uma cirurgia, após ter sofrido uma tentativa de homicídio dias antes.
Romário tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas e roubo de motocicletas. A polícia suspeita de que a execução esteja envolvida com delitos da vítima.
Sobre a insegurança no hospital, a Secretaria de Estado da Saúde emitiu nota informando que intensificou a vigilância dentro das unidades de saúde e estuda a
possibilidade de colocar seguranças armados.

90% apoiam redução da maioridade penal, segundo pesquisa

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Nove em cada 10 brasileiros são favoráveis a leis mais duras para punir adolescentes que cometem crimes. É o que revela uma consulta popular realizada pelo instituto Paraná Pesquisas nas cinco regiões do país, num momento em que aumentaram as discussões sobre a redução na maioridade penal. Em meio aos debates, tramitam no Congresso Nacional dezenas de propostas com o objetivo de alterar a forma de punição a jovens infratores.
Enquanto 90,4% dos entrevistados são favoráveis à responsabilização criminal de adolescentes, apenas 8,3% declararam ser contra. Para 64% dos entrevistados, a redução da maioridade contribuiria para reduzir a violência. A pesquisa mostra ainda que 55% dos consultados avaliaram que a proposta deva valer para todos os tipos de crimes, mesmo delitos considerados mais leves.
Com 90,9% favoráveis ao aumento do rigor na punição dos adolescentes, a região Sul é a segunda do país que mais encampa a ideia de reduzir a maioridade penal. Os índices variaram pouco nas diversas estratificações da pesquisa. Na faixa etária entre 35 e 44 anos, 93,5% querem que os jovens sejam responsabilizados por seus crimes. Por escolaridade, a aprovação da redução da maioridade penal é maior entre os que concluíram o ensino médio, com 92%.
Entidades contra
Em contrapartida, instituições nacionais, organizações não governamentais e especialistas em violência e infância se posicionam contra a redução da maioridade penal. Argumentam que resultados como os da pesquisa são reflexos da falta de informação sobre a aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e da exploração midiática de delitos bárbaros envolvendo jovens.
“O que eu temo é que essa desinformação, esse preconceito e essa leviandade no trato da informação possam impedir que uma criança de 16 ou 17 anos tenha um tratamento pedagógico e socioeducativo adequado [caso cometam delitos]. Ele vai ser jogado num sistema mais duro, que é o sistema prisional”, avalia Oswaldo José Barbosa, subprocurador-geral da República e procurador-adjunto dos direitos do cidadão, do Ministério Público Federal (MPF).
O conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também já declarou ser contra menores de 18 anos serem responsabilizados criminalmente. Além de considerar a mudança inconstitucional e incapaz de reduzir a criminalidade, a entidade menciona “questões de natureza social”.
“Esse tipo de medida só recai sobre infratores de periferias. Quando uma criança de área nobre comete uma infração, ninguém fala nada. Mas se é morador de favela e pobre, todos já desfraldam a bandeira da redução da maioridade penal”, disse o presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous.
Congresso avalia 27 projetos mudando lei
Hoje tramitam no Congresso Nacional pelo menos 27 propostas para reduzir a maioridade penal ou alterar a forma de punição de adolescentes infratores. No Senado, há quatro Propostas de Emenda à Constituição (PECs). Apesar de terem redação diferente, três delas visam fixar a maioridade penal em 16 anos. Outra vai além: quer que maiores de 13 anos respondam criminalmente por seus atos.
Há outras quatro PECs na Câmara dos Deputados, todas estabelecendo 16 anos como limite mínimo. Também seguem na Câmara 19 projetos de lei buscando alterar pontos do ECA para endurecer as penas a adolescentes infratores. No mês passado, a Casa criou uma comissão especial para analisar as propostas.
Frente parlamentar
Integrante da comissão, o deputado federal paranaense Fernando Francischini (PEN-PR) articula a criação de uma frente parlamentar para pressionar pela redução da maioridade penal. Mais de 180 deputados já aderiram à iniciativa. “Já na próxima semana devemos ter as 198 assinaturas necessárias”, diz.
Um dos objetivos da frente é apresentar uma nova proposta para alterar o ECA, para que adolescentes a partir de 16 anos que cometam delitos hediondos passem a responder criminalmente. Paralelamente, o parlamentar idealiza a criação de instituições voltadas exclusivamente ao cumprimento da pena dos jovens infratores, até que completem 21 anos.
“Adolescentes que já são criminosos contumazes precisam ser diferenciados dos que cometem crimes leves, mas precisam ser responsabilizados”, resume o deputado.
Outro paranaense que integra a comissão especial, o deputado João Arruda (PMDB), recomenda cuidado ao tratar do assunto, principalmente diante da “comoção” gerada pela exposição de casos recentes cometidos por jovens.
“Em um país de diferenças sociais enormes, é um crime a sociedade querer punir o adolescente ao invés de tratá-lo. Principalmente, se motivada por um sentimento de vingança. É um discurso fácil, mas que não resolve o problema.”

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Detento de Pedrinhas confessa ter executado sargento Sá


Sargento Sá
Sargento Sá
Quase sete meses após o assassinato do sargento da Polícia Militar Carlos Magno Pereira de Sá, conhecido como sargento Sá, o autor da execução do PM confessou o crime.
João Flávio Silva, de 25 anos, contou em depoimento à Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), na manhã de ontem, ter sido ele que efetuou os seis tiros que mataram o sargento no dia 7 de dezembro do ano passado.
Sá foi morto após ser baleado em uma troca de tiros com três criminosos, na região da Forquilha, em São Luís. Dias depois do crime, dois dos suspeitos de participação no crime, foram mortos em confronto com a Polícia. O terceiro continuava foragido.
De acordo com o escrivão da DRF, o assassino confesso de executar o sargento Sá teria sido preso no dia 25 de junho desse ano por participação em um assalto à mão armada. Após ser preso, João Flávio foi encaminhado para o Centro de Triagem de Pedrinhas, onde se encontrava até ontem.
Na investigação da morte do sargento, a Delegacia de Roubos e Furtos chegou ao nome do terceiro participante no assassinato do policial, e após um cruzamento de dados, descobriu que havia um detento com o mesmo nome, preso na Penitenciária de Pedrinhas.
Após ter essa informação, o delegado trouxe o detento para ser ouvido e ele acabou confessando ser o autor do crime. Ele disse que, enquanto o sargento Sá trocava tiros com os outros comparsas, efetuou seis tiros nas costas do policial, explicou o escrivão.O escrivão disse ainda já foi pedida a prisão preventiva de João Flávio pelo assassinato do sargento Sá. Caso seja concedida, a pena se junta à que o detento já cumpre em Pedrinhas, por roubo.
(Com informações do Imparcial)

 A coisa ta feia só nas últimas horas em São Luís duas tentativas de linchamento.

Durante as últimas 24 horas, foram registradas duas tentativas de linchamento contra assaltantes Região Metropolitana de São Luís. Um caso ocorreu nesta quarta-feira (8) e o outro no início da manhã desta quinta-feira (9).
Nesta quarta (8), um jovem identificado como Alisson Bruno da Costa, de 19 anos, tentou roubar uma moto e foi pego e espancado pela população. As agressões só pararam quando a polícia chegou.
linchamento
Na manhã desta quinta-feira (9), na Estrada de Ribamar, um jovem identificado como Darlan dos Santos, de 20 anos, tentou assaltar uma jovem dentro de um ônibus e foi agarrado pelos passageiros. O assaltante foi agredido pela população, que só parou com a chegada de uma equipe de reportagem que passava no local. A polícia chegou ao local e prendeu o bandido.
Caso que chocou o Brasil
No início da semana, um homem identificado como Cledenilson Pereira da Silva, de 29 anos, foi amarrado nu a um poste e linchado no bairro do São Cristóvão, em São Luís. Ele teria tentado roubar um bar na companhia de um adolescente.

Fonte: Gazeta da Ilha
Médico e enfermeira se emocionam ao falarem sobre o nascimento de Vitória no helicóptero do GTA no Maranhão


Em um vídeo postado na internet, o médico Rafael Machado e a enfermeira Jacqueline Nascimento contam emocionados o drama vivido numa operação de resgate no Maranhão. Foram eles os profissionais de saúde que estavam a bordo do helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GTA) quando socorreram Maria da Conceição dos Santos Sousa.
Grávida de nove meses, Maria da Conceição dos Santos Sousa, de 32 anos, foi socorrida pela equipe Aeromédica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), e deu a luz a uma menina, Vitória, enquanto o helicóptero de resgate do Grupo Tático Aéreo (GTA) da Polícia Militar do Maranhão sobrevoava a Baía de São José de Ribamar.O drama, no entanto, não acabou naquele momento. Vitória nasceu com poucos sinais de vida e ainda foi reanimada em pleno voo.
A recém-nascida Vitória não poderia ter recebido nome mais adequado. A luta pela vida começou a 285 quilômetros de São Luís, na cidade de Santo Amaro, onde Maria da Conceição vive e onde iniciou o trabalho de parto. Ela deu entrada no Hospital Municipal Monsenhor Amaro e desde às 8h havia começado a sentir contrações. Mas veio a complicação. O bebê ficou preso no canal de parto e chegou a ser informado que não era mais possível ouvir sinais de vida.
O pedido de transferência de Maria da Conceição para São Luís chegou à central de regulação da SES por volta das 12h e foi prontamente atendida pela Equipe Aeromédica e pelo GTA. “O chamado era para tentar salvar ao menos a mãe, pois a informação que recebemos foi que o bebê estava sem sinal de vida. Quando a mãe conseguiu dar a luz, o bebê não tinha cor normal e poucos sinais de vida”, conta o médico Rafael Machado.
Apesar de saber da possibilidade do óbito do bebê, a equipe levou aparato para dar assistência à mãe, e realizar o parto em caso de emergência. A enfermeira Jacqueline Nascimento fez a reanimação de Vitória, que nasceu com 50 centímetros e pesando 4.295 quilos.
Após o susto, Maria da Conceição finalmente respirou aliviada. “Eu já estava sem forças e pensei que não fosse conseguir. Só tenho a agradecer a Deus e a todos que ajudaram a salvar a minha vida e a da minha filha”, disse. Maria da Conceição é mãe de outras três meninas e mais dois meninos. Ela disse ainda que nunca havia passado por complicações no parto.
 Comoção e reencontro
O sucesso total do resgate causou comoção em a toda equipe envolvida.Há dois anos trabalhando na Equipe Aeromédica da SES, o médico Rafael Machado, afirma não ter visto, nem vivido algo parecido. “Ajudar a trazer uma vida ao mundo, e de uma forma tão inesperada, foi uma experiência indescritível que ficará para sempre em nossa memória”, afirmou.
O nascimento de Vitória aconteceu no sobrevoo da Baía de São José de Ribamar, quando restavam pouco mais de dez minutos para o pouso na base do GTA, segundo informou o piloto Onildo Sampaio. Ao chegar à capital, mãe e filha foram transferidas pela ambulância da SES para a Maternidade Estadual Marly Sarney, onde foram recebidas pela equipe de neonatal.
Foto: Francisco Campos