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Vitória de Dilma “ressuscita” o
grupo Sarney no Maranhão
Blog da Sílvia Tereza, com edição
Certamente, o grupo Sarney é um dos que mais comemora a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no Brasil. Com isso, o clã sai fortalecido em cargos federais e em indicações para os ministérios e terá fôlego para instaurar um governo paralelo no Maranhão.
Fortalecido na instância federal, o grupo encontrará fôlego para continuar controlando vários setores do Maranhão, entre eles o da Comunicação. São mais de 50 cargos federais, dos quais o clã deve pegar a maioria, isso sem falar nos ministérios.
Hoje, o grupo Sarney mantém Edison Lobão (denunciado em esquema de corrupção e mantido por Dilma no cargo) no Ministério das Minas e Energia, um dos que têm mais recursos federais e por onde passa a questão da Petrobras, alvo de esquema de propina. Gastão Veieira (PMDB) ficou por muito tempo no Ministério do Turismo e só saiu para se candidatar ao senado.
Na edição deste domingo, o jornal O Estado do Maranhão, da família Sarney, anunciou que Roseana Sarney e Gastão Vieira poderiam se tornar ministros com a vitória de Dilma. Logo após a apuração que deu à reeleição a Dilma, Roseana vibrou com o resultado, se reuniu com a turma sarnopetista e, em nota, destacou a parceria entre ela e Dilma, relação que deve continuar no governo federal.
No novo governo de Dilma, não deverá ser diferente. Sarney deverá indicar algum ministro e grande parte dos cargos federais. O PMDB, controlado por Renan Calheiros (presidente do Senado), Michel Temer (vice-presidente da República) e José Sarney conseguiu eleger o maior número de governadores e uma bancada forte de deputados. A relação das raposas peemedebistas com o PT e o amigo de todas as horas Lula deve permanecer fortalecida e, sendo assim, ainda terão muita força no governo petista com o qual os três têm ótima relação. É aguardar!
Derrota do grupo Sarney?
Recentemente, o PCdoB e coligados, entre eles o PSDB, comemoraram, no Maranhão, o que seria a derrocada do grupo Sarney ou o fim do Sarneysismo. No entanto, Dilma foi reeleita e, certamente, dará fôlego ao clã, já que tem uma parceria muito forte com o PMDB.
Fora do governo do Estado, o grupo Sarney terá forças para fazer um governo paralelo no Maranhão e procurar assim barrar recursos para o governo do próprio Flávio Dino, que é do PCdoB, partido que apoiou a reeleição de Dilma no Maranhão.
Dilma prega união
Após ser reeleita com 51,6% dos votos válidos, na disputa mais apertada da história, a presidente Dilma Rousseff discursou para uma militância inflamada em um hotel de Brasília na noite deste domingo (26). Na fala (leia a íntegra ), Dilma defendeu a reforma política por meio de um plebiscito.
“Vamos encontrar a força e a legitimidade exigida nesse momento de transformação para levar à frente a reforma politica. Quero discutir isso com o Congresso Nacional e com toda a sociedade brasileira”, disse a presidente reeleita.
Dilma também se comprometeu a punir casos de corrupção. “Terei um compromisso rigoroso com o combate à corrupção e com a proposição de mudanças na legislação atual para acabar com a impunidade, que é protetora da corrupção”, disse durante a fala, em Brasília.
“Ao longo da campanha, anunciei medidas que serão importantes para a sociedade e para o país enfrentarem a corrupção e acabar com a impunidade”, acrescentou.
ECONOMIA
Na área econômica, Dilma afirmou querer combater o aumento da inflação. “Seguirei combatendo com rigor a inflação e avançando no terreno da responsabilidade fiscal. Antes mesmo do início do meu próximo governo eu prosseguirei nesta tarefa”, disse.
Durante seu discurso, Dilma afirmou que quer ser uma “presidente muito melhor do que foi até agora”. “Quero ser uma pessoa melhor do que tenho me esforçado por ser. Esse sentimento de superação deve não só impulsionar o governo mas toda a nação”, disse.
No início de sua fala, Dilma agradeceu o apoio de Lula que foi saudado pela militância com um grito de “Lula eu te amo”. Em todas os momentos em que foi citado, Lula foi mais exaltado do que Dilma. Com a militância exaltada, a própria Dilma pediu silêncio aos presentes. “Minha voz se foi. Estou aqui com um restinho de voz. Peço que vocês me ajudem. Peço uma força à vocês”, disse. Ao final, os militantes cantaram o hino nacional.
DIÁLOGO
Em sua fala, Dilma reconheceu que precisa dialogar mais com diversos setores da sociedade. “Conclamo, sem exceção, a todas as brasileiras e todos os brasileiros para nos unirmos em favor da nossa pátria, do nosso país, do nosso povo. Não acredito, sinceramente, que essas eleições tenham dividido o país ao meio”, disse.
Para a petista, a “energia mobilizadora” das eleições precisa ser convertida em um “entendimento comum” com fazer o país avançar. “Algumas vezes na nossa história, resultados apertados produziram mudanças mais fortes e rápidas”, disse.
A defesa do diálogo e da união entre os brasileiros é uma tentativa deminimizar as consequências do duro embate travado entre Dilma e seu adversário, o senador Aécio neves (PSDB) no segundo turno das eleições, marcado por acusações mútuas de corrupção e de falta de preparo para gerenciar o país.
Muito criticada em sua gestão por não dialogar com setores essenciais, inclusive com os movimentos sociais, Dilma enfatizou que está aberta ao diálogo. “Estou disposta a abrir um grande espaço de dialogo com todos os setores da sociedade para encontrarmos solução mais rápida para nossos problemas.
Dilma discursou ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Michel Temer, e dos presidentes dos partidos da sua coligação: Rui Falcão (PT), Carlos Lupi (PDT), José Renato Rabelo (PC do B), Ciro Nogueira (PP), Vitor Paulo (PRB), Antônio Carlos Rodrigues (PR), Kassab (PSD), Eurípedes Júnior (Pros).
Dilma vence em 15 estados;
Aécio, em 12 e no DF.
Com quase 100% das urnas apuradas, a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) venceu as eleições de 2014 em 15 estados, e Aécio Neves (PSDB), em 12 e no Distrito Federal. As informações são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Veja mapa da apuração completo
No primeiro turno, Dilma venceu em 15 estados, Aécio em nove e no Distrito Federal, e Marina Silva (PSB), em dois. Aécio reverteu seu resultado anterior vencendo no Rio Grande do Sul. Nos estados em que a maioria havia votado em Marina, Dilma venceu em Pernambuco, e Aécio no Acre.
Aécio vence em 15 capitais; Dilma, em 12
Com quase 100% das urnas apuradas, Aécio Neves (PSDB) conquistou 15 capitais nestas eleições, e Dilma Rousseff (PT), 11. A petista foi reeleita presidente da República no segundo turno. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Veja mapa da apuração completo
No primeiro turno, Dilma e Aécio conquistaram 11 capitais cada, e Marina Silva (PSB), cinco. Houve viradas em sete capitais. Aécio reverteu o resultado anterior em Belém, Palmas, Porto Velho e Rio Branco. Dilma virou no Rio de Janeiro, Recife e Maceió.
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